Após décadas de compatibilidade, o Linux deixará de oferecer suporte às antigas CPUs Intel 80486, conhecidas como 486. A decisão foi tomada pelo próprio criador do sistema operacional, Linus Torvalds, que declarou que “não faz mais sentido manter essa arquitetura obsoleta”.
📜 Fim de uma era
Lançadas em 1989, as CPUs 486 foram essenciais no avanço da computação pessoal e também marcaram o início do Linux em 1991. No entanto, o tempo passou — e manter suporte a uma arquitetura tão antiga deixou de ser justificável.
Segundo Torvalds, há cada vez menos evidências de que algum usuário real ainda depende de uma CPU 486, e manter o código para essas máquinas significa mais complexidade e manutenção para os desenvolvedores do kernel.
⚙️ O que muda?
- O kernel Linux não será mais compilado para CPUs 486.
- Distribuições que ainda mantinham suporte terão de se adaptar (ou abandonar de vez).
- Dispositivos realmente antigos — que rodam com hardware da década de 1990 — ficarão sem atualizações modernas.
As CPUs 586 (Pentium) e superiores continuarão sendo suportadas.
🔍 Por que essa decisão agora?
A equipe do kernel vem tentando simplificar o código e remover suportes a plataformas ultrapassadas. Como quase nenhuma distribuição moderna usa 486 ativamente, o custo-benefício de mantê-las simplesmente não se sustenta mais.
Torvalds aprovou a mudança no pull request do kernel 6.6, encerrando oficialmente o suporte com um comentário direto: “Vamos jogar a toalha. Ninguém usa isso.”
🖥️ Nostalgia com limite
A decisão marca o fim simbólico de uma era. O 486 foi o primeiro processador a executar código do Linux, e agora, 36 anos depois, o próprio criador do sistema se despede dele.
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Linux abandona suporte a CPUs 486 após 36 anos
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